Como faço
toda noite, tiro cerca de meia hora para pensar no que fiz de tolices durante o
dia e anoto tudo no caderno intitulado TOLICES do Raposão
Este e um
caderno que possuo que anoto tudo o que eu fiz de errado durante o dia, isto e
palavras mal colocadas durante uma conversação , pensamentos negativos que
tive, as pessoas que deixei de elogiar , queixas .
E devido um
pequeno problema fui um pouco rude com minha filha,e devido a proximidade dos
dias dos pais acabei me lembrando de tantas criticas e broncas inúteis que dei
nas minhas filhas durante estes vinte três anos , e agora me lembro de como
somos burros criticando , julgando ,e se queixando das pessoas.
Se o
próprio Deus não nos julga ate o final dos nossos dias , por que nos faríamos
isto?
Será que
não aprenderemos que críticas não levam a lugar nenhum , que um elogio sim faz
as pessoas crescerem e se sentirem bem.
Se nos
mesmos não gostamos de criticas , porque achamos que os outros devem ser diferentes.
Aprendi na minha profissional que um elogio sincero vale mais do que qualquer critica
, o elogio torna a pessoa mais interessada e mas suscitava a aceitar nossas
opiniões .
E foi nisto
que me lembrei de um poema escrito por Livingstom Lanerd que li no livro:
Como Fazer
Amigos e Influenciar Pessoas de autoria de Dale Carnegie (em minha opinião, livro
este que deveria ser obrigatório nas escolas e faculdade), e que abaixo vou
reproduzir:
O PAI PERDOA
W. Livingston, Larned
Escute, filho: enquanto falo isso, você está
deitado, dormindo,uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos
louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no
seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu
jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E,
sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
Andei
pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora
em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o
rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei
furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
Durante o café da manhã, também impliquei com
algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs
o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a
brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e
disse: "Tchau, pai!" e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse:
"Endireite esses ombros!"
De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando
cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias
estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na
minha frente. As meias são caras – se você as comprasse tomaria mais cuidado
com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!
Mais tarde, quando eu lia na biblioteca,
lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos
seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção,
você parou à porta: "0 que é que você quer?", perguntei implacável.
Você não disse nada, mas saiu correndo num
ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me
beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia
crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir
retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus
dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e
nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? 0 hábito de
ficar achando erros, de fazer reprimendas - era dessa maneira que eu o vinha
recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu
esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria
vida.
E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro
no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por
detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de
dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei n
na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!
É uma expiação inútil; sei que, se você
estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um
papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando
você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela
minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: "Ele é
apenas um menino – um menininho!"
Receio
que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho,
encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda
ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito
de você, exigi muito.
Filhas
espero que do fundo do meu coração vocês possam me perdoar tantas tolices deste
seu velho pai
Em lugar de
condenar os outros, procuremos compreendê-los. Procuremos descobrir por que
fazem o que fazem.
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